quarta-feira, 15 de junho de 2016

MERCADO PÚBLICO - PONTO DA CUMEEIRA APÓS INCÊNDIO

ATUALIZADO EM 13/07/2016
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ATUALIZADO EM 12/07/2016
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Enviei o e-mail copiado abaixo para pessoas na secretaria municipal de cultura e na EPAHC (Porto Alegre).
Ninguém se deu ao trabalho de me responder.
Antes disso, publiquei na página no Facebook "Defesa do Patrimônio Histórico de Porto Alegre" e fui desdenhado. Houve quem sugerisse que estava confundindo as coberturas e comparando a metálica com a de telhas de barro...
Pois bem; ajudem-me a entender que não estou "vendo coisas"; passem por lá e vejam, com seus próprios olhos, dos mais diferentes ângulos, e depois larguem seus comentários por aqui.

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Prezado XXXXXXX

Eu passo diariamente pelo mercado e, após a conclusão do telhamento da cobertura refeita após o incêndio, há uma coisa que tem me incomodado (faz tempo): por que o ponto do telhado refeito é mais baixo do que o do original existente?



Talvez nas fotos de telefone que anexo a este e-mail, não seja possível identificar (linhas vermelhas na foto acima), mas bastaria ir até lá e olhar de diversos ângulos - de um lado e outro dos torreões, da Borges e da Pça. Parobé - para identificar claramente o erro.

Obrigado.
Sds.,

João Antônio Krahe

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12/07/2016

ATUALIZANDO

Estou voltando a este assunto - e continuarei insistindo até obter algum retorno - porque reenviei o e-mail copiado acima aos mesmos destinatários de antes, ao IPHAN-RS, ao IPHAN-BR e ao IPHAE.
De Porto Alegre - secretarias envolvidas e EPAHC - não obtive qualquer resposta.

Do IPHAN-RS também não, porém o IPHAN-BR me respondeu o que considerei correto e segue copiado abaixo:







Já o IPHAE, em sua resposta,  não poderia mostrar maior desinteresse:


IPHAE E IPHAN RS, segundo a equipe do IPHAE, não são responsáveis pelo que acontece no mercado, porém seus integrantes, como cidadãos porto-alegrenses e, teoricamente, engajados na preservação dos bens culturais desta cidade, deveriam, como indivíduos, se interessar pelo que acontece com o nosso patrimônio.

EU também não sou "instância municipal", não cumpro horário em qualquer um desses órgãos, mas procuro fazer a minha parte.

Ora, a foto é do mercado e este continua lá, no mesmo lugar de sempre...
A quem interessar, basta olhar quando passar por ali.

A "instância municipal" passado um mês, ainda não se manifestou.
Nem com a lembrança que lhes foi enviada na semana passada.

Assim que se manifestarem, atualizarei novamente.

Obrigado.

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13/07/2016

ATUALIZANDO

Manifestou-se, finalmente, a "instância municipal"!

Segue, abaixo, cópia do e-mail que recebi da coordenadora "PAC Cidades Históricas Porto Alegre", respondendo, após 35 dias, o e-mail que lhe enviei em 08/06/2016.




Minhas considerações:

1) O Mercado sofreu, entre 1990 e 1997, um processo misto de restauração e reforma: foi restaurado o corpo e reformado o “miolo”, a praça interna. 
Quando se executa um projeto de restauro, antes de qualquer coisa, se elabora uma exaustiva pesquisa, que inclui levantamento histórico, arqueológico, prospecções, levantamento cadastral (físico) do monumento.
O levantamento cadastral consiste em se medir, detalhadamente, todo o edifício -comprimentos, larguras, ângulos, peitoris, esquadrias, tesouras, etc., fotografar, registrar seu sistema e elementos construtivos e de acabamento, dentre outras coisas.
Todo este trabalho deverá ser registrado em plantas, cortes, ampliações de detalhes, perspectivas, fotografias, etc.
Logo, não adianta medir o ponto do telhado em um canto do prédio e supor que valerá para o edifício inteiro.
Este levantamento, naquela ocasião, foi feito, muito provavelmente, de forma minuciosa – principalmente se considerarmos que que naquela época cortes, vistas e perspectivas não eram geradas automaticamente por programas de CAD – e talvez, até, desenhado a mão.
Todo este material deveria estar arquivado aos cuidados da PMPA e, talvez, dos responsáveis pela elaboração dos projetos. Deve, imagino, ter sido digitalizado há muito tempo. Espero que escaneado e não redesenhado em CAD. 

Equipe responsável pelo restauro de 1990 a 1997 (informação copiada da página sobre o Mercado, da PMPA):




Ora, a princípio, tudo o que a coordenação do "PAC Cidades Históricas de Porto Alegre" deve fazer, é analisar o levantamento feito por essa equipe.
2) Restando dúvidas, vale uma checagem no que foi executado (isto deveria ter acontecido - e registros mantidos - durante a obra)
3) Terá a equipe atual feito novo levantamento e o confrontado com o de 1990?
4) As equipes de  coordenação e compatibilização de projetos e obra verificou todos os projetos, os aprovou e acompanhou sua execução? 
5) Houve compatibilização entre levantamentos, projetos e seu acompanhamento e checagem durante a execução da obra?
6) Como ninguém percebeu a diferença entre os telhados?


Foto da recuperação do telhado em 1992 - o texto não fala nada sobre recuperação ou substituição da estrutura 
(informação copiada da página sobre o Mercado, da PMPA).


Fotos comentadas:

1) A foto abaixo é de outubro de 2012, pois foi quando inflaram o "Fuleco" - mascote da copa de 2014 - no largo Glênio Peres.


O incêndio ocorreu na noite do dia 06 de julho de 2013. Nota-se diferença na coloração das telhas, porém as cumeeiras parecem estar no mesmo nível. Uma forma de conferir isto, seria contar as fiadas de um lado e outro, porém a resolução da imagem é baixa. Talvez o autor consiga uma imagem melhor.

2) Imagem do Google Earth obtida após o restauro atual.


Nota-se, nesta imagem, claramente (observem as chegadas das cumeeiras nos telhados dos pórticos) a diferença de nível entre cumeeiras no telhado atual x telhado não afetado pelo incêndio. Busquei imagem anterior ao incêndio, com a mesma definição, porém não encontrei.

3) Imagem anterior ao incêndio (notem as luzes do restaurante e as mesinhas do café (Pelotas?).


Esta imagem foi obtida desde a avenida Siqueira Campos. Nela, as cumeeiras estão alinhadas. Pelo ângulo da foto, a cobertura metálica da praça central não aparece.



Assim que houver nova manifestação, ou chegarem a uma conclusão, atualizarei novamente.

Obrigado.

Arq. João Antônio Krahr







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