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terça-feira, 14 de junho de 2016

    Criei este blog com a intenção de chamar a atenção para a falta de cuidado com que, pelo menos nos últimos vinte e cinco anos, as obras urbanas do município de Porto Alegre vêm sendo executadas, aprovadas e aceitas, pela sua prefeitura. Esta atitude parece ser uma prática encruada nos órgãos de gestão municipais, independente do partido que governou ou governa esta cidade neste último quarto de século.

    Pedras de calçamento removidas para a execução de obras de infraestrutura, quando não enterradas ou enviadas para britagem, são recolocadas de qualquer jeito, sem respeito às cores ou a qualquer desenho que formassem antes da sua remoção.

   Ao instalar uma lixeira, um poste de iluminação, uma placa de trânsito, uma parada de ônibus, são abertos  rombos a golpes de picareta no calçamento existente, seja ele qual for, e depois da instalação do equipamento, os buracos são preenchidos com massa de cimento, preparada no meio da rua ou sobre a calçada, sem qualquer proteção, ficando ali, além do remendo, uma mancha, quando não também um “calombo”.

    Meios-fios de granito são arrancados e substituídos, indiscriminadamente, por peças ordinárias de concreto pré-moldadas. Que fim é dados a essas pedras? Britagem?

    Calçadas de pedra portuguesa que sobreviveram por mais de cinquenta anos, ao serem “restauradas”, não duram mais dois sem que as pedras se soltem e assim fiquem.

     Obras contratadas parecem ser executadas sem processo e sem projetos urbanísticos de arquitetura e infraestrutura e, se de fato lançados, jamais compatibilizados entre eles, com o existente e, aparentemente, nunca detalhados. Pesquisa, levantamento histórico, cadastral, prospecções, estudos para reaproveitamento e de viabilidade dão a impressão de não serem executados.

      Gerenciamento dos processos de projetos e obras supostamente inexistem, e, se há, dão a impressão de serem negligenciados.
     Parece nunca terem ouvido falar, muito menos estudado, procedimentos de qualidade, sua implementação e gerenciamento.

     A repetição burra de erros, como os degraus em placa de basalto que dividem a praça XV da sua área de estacionamento (aliás, em futura postagem, apresentarei uma análise do resultado do executado no entorno desta praça), são uma constante. Desconhecem, obviamente, o PDCA: planejar, desenvolver, checar, agir, ou já teriam percebido, há muito tempo, que estão insistindo no erro e jogando nosso dinheiro fora.

     A impressão que se tem, é a de que os agentes envolvidos não têm a cultura suficiente, sequer, para executar as funções às quais estão locados, quanto menos para pensar adiante, raciocinar, executar os processos com eficiência e propor melhorias.

      Desleixo, ausência de ou falha na comunicação entre os envolvidos, falta de discernimento, bom senso, noção da diferença entre preço e custo e responsabilidade aparecem, no resultados das obras, com evidência.

      Estabeleceu-se a “Cultura do Remendo”.

     De quando em quando, serão publicados neste blog, exemplos destes remendos e do claro desperdício do dinheiro do contribuinte.

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